A Associação de Defesa e Apoio da Vida (ADAV), que se afirma contra o aborto e a eutanásia, está entre as instituições e pessoas que serão distinguidas pela Câmara de Coimbra no Dia da Cidade, a 4 de Julho.
Na reunião do executivo camarário que vai decorrer na sexta-feira, será debatida e votada uma proposta da Câmara de Coimbra para atribuir um total de 17 distinções honoríficas, que serão entregues no Dia da Cidade, a 4 de Julho, afirmou o município.
Entre as propostas, está a atribuição da Medalha de Mérito Solidariedade Social, grau Ouro, à ADAV Coimbra, instituição fundada em 1998 e que, segundo o município, é uma referência no apoio a “mulheres grávidas e mães em situação de vulnerabilidade social e/ou económica”, tendo acompanhado “mais de 500 famílias no concelho”.
A ADAV Coimbra tem como objectivo “o apoio à família, a defesa e a promoção da vida humana e da dignidade da mulher”, refere a instituição, no seu ‘site’, onde afirma ser apoiante de uma iniciativa europeia que pede a Bruxelas que deixe de financiar “actividades que resultem na destruição de embriões humanos”.
Nos seus estatutos, é referido que é “incompatível” com a qualidade de sócio efectivo a participação em iniciativas que “contrariem frontalmente os fins e valores da associação”, nomeadamente a utilização ou aproveitamento do nome da instituição em campanhas ou manifestações a favor do aborto ou da eutanásia.
O executivo camarário propõe também agraciar o físico Carlos Fiolhais com a Medalha de Ouro da Cidade, “um dos cientistas portugueses mais citados do mundo”, realça a autarquia.
Carlos Fiolhais foi do movimento de cidadãos Somos Coimbra, do qual o actual presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, faz parte, mas abandonou a estrutura em 2020, mostrando-se contra a ideia de uma integração de elementos do movimento numa coligação de partidos, que acabou por concretizar-se (com a coligação Juntos Somos Coimbra).
Outro dos dirigentes do Somos Coimbra que abandonou o movimento na altura foi o fundador da tecnológica Critical Software Gonçalo Quadros, agraciado com a mesma distinção em 2022.
Para além de Carlos Fiolhais, recebem também a Medalha de Ouro da Cidade Maria Regina Rocha, que exerceu a docência durante mais de 30 anos na Escola Secundária José Falcão, “tendo sido a única professora do país com autorização do Ministério de Educação para continuar a leccionar após a idade de reforma”, o músico, pedagogo da guitarra de Coimbra e estudioso da obra de Artur Paredes, Jorge Gomes, a co-fundadora da associação de desenvolvimento local CoimbraMaisFuturo Regina Pinto Lopes (a título póstumo) e a delegação de Coimbra da Cruz Vermelha Portuguesa.
O executivo propõe também atribuir a Medalha de Mérito Desportivo, grau Ouro, para Diogo Ribeiro, nadador nascido em Coimbra e que se sagrou campeão mundial nos 50 metros e 100 metros mariposa este ano, no Qatar.
Já no campo cultural, é proposta a atribuição da medalha ao Grupo Folclórico e Etnográfico do Brinca, ao Grupo Folclórico e Etnográfico de Arzila, ao Ateneu de Coimbra e ao JACC – Jazz ao Centro Clube.
A empresa Matobra, dedicada a materiais de construção, irá receber a Medalha de Mérito Empresarial, grau Ouro, e José Reis, proprietário do “carismático” restaurante Cantinho dos Reis, no Terreiro da Erva, irá receber a mesma medalha, mas de grau Prata.
No campo da solidariedade social, serão agraciadas, para além da ADAV, a Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo de Coimbra e a Fundação Sophia.
Fonte: Campeão das Províncias
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