COIMBRA,20 de Outubro de 2025

APAV alerta para aumento de casos de filhos que agridem pais

20 de Outubro 2025 Rádio Regional do Centro: APAV alerta para aumento de casos de filhos que agridem pais

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) divulgou as Estatísticas APAV | Filhos/as que agridem os pais/as mães | 2022 — 2024, revelando uma realidade que exige maior atenção às respostas de apoio especializado e às medidas de prevenção dirigidas a uma faixa etária particularmente vulnerável.

Entre 2022 e 2024, a APAV apoiou 2.813 pais e mães vítimas de violência praticada por filhos e filhas, um fenómeno que traduz uma dimensão sensível da violência intrafamiliar, frequentemente associada ao envelhecimento da população e à dependência entre gerações.

No mesmo período, foram registados 5.654 crimes e formas de violência, sendo a violência doméstica o tipo mais comum (82,3%), seguida de outros crimes contra pessoas e contra o património (17,7%).

As mulheres representam a maioria das vítimas (79,7%), seguidas dos homens (19,1%) e de pessoas intersexo (0,4%). Em 58,3% dos casos, as vítimas tinham 65 ou mais anos, o que evidencia o impacto particular deste fenómeno na população idosa.

Os distritos com maior número de casos foram Lisboa (18,1%), Porto (15,9%), Faro (15,7%), Braga (13,3%) e Setúbal (8,8%), demonstrando uma distribuição geográfica alargada, com incidência relevante nas áreas metropolitanas e no sul do país.

Quanto aos agressores, 69% eram homens e 30% mulheres. A maioria tinha entre 18 e 64 anos (62,8%), com 3,1% menores de 18 anos e 1,6% com 65 ou mais anos.

Os dados revelam ainda que quase metade das vítimas (48%) não apresentou queixa ou denúncia, enquanto 37,5% recorreram às autoridades e 14,5% dos casos não têm informação disponível. Estes números evidenciam a complexidade da violência filial e as barreiras que muitas vítimas enfrentam no acesso à justiça.

A APAV sublinha a necessidade de sensibilizar a sociedade para esta forma de violência doméstica, muitas vezes invisibilizada, e recorda que presta apoio jurídico, psicológico e social gratuito e confidencial a todas as vítimas de crime, através da Linha de Apoio à Vítima 116 006 (gratuita e disponível nos dias úteis, das 8h às 23h), bem como pela sua rede nacional de gabinetes e estruturas de proximidade.

Fonte: Campeão das Províncias

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