A passagem de sistemas frontais por Portugal continental no fim-de-semana vai provocar “novo episódio” de chuva “forte e persistente” a norte do Cabo Mondego, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
“Depois de alguns dias sem precipitação, a passagem de sistemas frontais pelo continente no fim-de -semana (7 e 8 de Janeiro) irá dar origem à ocorrência de precipitação forte e persistente no litoral a norte do Cabo Mondego, em especial na região do Minho”, adianta o IPMA.
A chuva forte irá ocorrer entre a madrugada e o princípio da tarde de sábado e entre a madrugada e tarde de domingo, “podendo os valores acumulados variar entre 100 e 180 mm [milímetros] nas regiões montanhosas e entre 80 e 100 mm nas regiões não montanhosas”.
O IPMA já tinha colocado os distritos do Porto, Viana do Castelo, Aveiro e Braga sob aviso laranja no sábado, devido à previsão de períodos de chuva por vezes forte.
O aviso nos quatro distritos vai vigorar entre as 3h00 e as 12h00 de sábado, passando depois a aviso amarelo até às 18h00 de domingo.
Viseu, Vila Real e Coimbra também estarão sob aviso por causa da chuva, mas a amarelo entre as 6h00 e as 18h00 de sábado e as 6h00 e as 21h00 de domingo.
Na nota é ainda referido que os episódios de precipitação serão acompanhados de vento forte, com rajadas que poderão atingir 85 quilómetros por hora (km/h) no litoral da região Norte e nas terras altas.
Haverá também forte agitação marítima na costa ocidental a partir de sábado e durante todo o dia de domingo, com ondas de cinco a seis metros de altura significativa a norte do Cabo da Roca e quatro a cinco metros a sul do mesmo local.
O IPMA emitiu também aviso laranja para os distritos do Porto, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Aveiro, Coimbra e Braga por causa da agitação marítima.
Numa nota divulgada, a Marinha e a Autoridade Marítima Nacional (AMN) alertam igualmente para o agravamento da agitação marítima em Portugal continental a partir de sábado, recomendando, “em especial à comunidade piscatória e da náutica de recreio que se encontra no mar, para o eventual regresso ao porto de abrigo mais próximo e a adoção de medidas de precaução”.
A Marinha e a AMN recomendam também o reforço da amarração e vigilância das embarcações atracadas e fundeadas e aconselham a que se mantenha um “estado de vigilância permanente” e se acompanhe “a evolução da situação meteorológica”, através dos avisos à navegação e da previsão meteorológica do IPMA, bem como das informações disponibilizadas pelas capitanias dos portos sobre as condições de acesso aos portos, “evitando sair para o mar até que as condições melhorem”.
“À população em geral desaconselha-se a prática de passeios junto à orla costeira e nas praias, bem como a prática de atividades em zonas expostas à agitação marítima ou atingidas pela rebentação. Em especial, deve ser evitado o acesso e permanência junto às falésias e zonas de arriba, sendo essencial que se adote uma postura preventiva, não se expondo desnecessariamente ao risco”, lê-se na nota.
Em caso de “absoluta necessidade” de deslocação à orla costeira deverá manter-se “uma atitude vigilante, tendo sempre presente que nestas condições o mar pode facilmente alcançar zonas aparentemente seguras”, acrescentam as autoridades.
O aviso laranja indica situação meteorológica de risco moderado a elevado e o amarelo é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.
Fonte: Campeão das Províncias
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