A Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra assinalou o seu dia institucional, a 30 de Setembro, com o arranque de um projecto no Serviço de Imuno-hemoterapia: o Programa de Fraccionamento de Plasma, que visa promover a auto-suficiência nacional em medicamentos derivados do plasma e reforçar o compromisso da instituição com a inovação e a melhoria contínua dos cuidados de saúde.
O momento simbólico ficou marcado pela primeira dádiva de plasma por aférese, realizada por um dador pioneiro neste tipo de procedimento. Trata-se de um passo significativo no reforço da dádiva de sangue e seus componentes, e de um contributo relevante para a sustentabilidade do sistema de saúde português.
“O arranque deste programa representa um passo importante na promoção da dádiva de sangue e componentes, reforçando o compromisso da ULS de Coimbra com a inovação e a melhoria dos cuidados de saúde prestados à comunidade”, sublinha Jorge Tomaz, Director do Serviço de Sangue e Medicina Transfusional da instituição.
Segundo o responsável, “a adopção da congelação de plasma e o seu aproveitamento integral para a produção de plasma inactivado e hemoderivados, conforme o programa estabelecido pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST, I.P.), apresenta diversas vantagens económicas, éticas e operacionais para o Serviço de Imuno-hemoterapia da ULS de Coimbra”.
Por sua vez, Alexandre Lourenço, Presidente do Conselho de Administração da ULS de Coimbra, destaca que “a adesão ao Plano Nacional de Fraccionamento do Plasma Português é uma iniciativa que visa potenciar a utilização do plasma nacional na produção de medicamentos essenciais para o tratamento de diversas patologias”.
Este compromisso, acrescenta, “insere-se numa estratégia nacional que valoriza a auto-suficiência e a sustentabilidade dos recursos hemoterápicos, promovendo a utilização responsável e eficiente do plasma doado”.
O dirigente sublinha ainda que “o Serviço de Imuno-hemoterapia da ULS de Coimbra assume um papel central na implementação do programa de dádiva de plasma por aférese, ambicionando tornar-se uma referência regional e nacional nesta área. Graças à sua capacidade técnica e à dedicação das equipas profissionais, o serviço está preparado para responder aos desafios operacionais associados à recolha selectiva de plasma, garantindo elevados padrões de qualidade e segurança”.
O fraccionamento e a congelação do plasma permitem a produção de medicamentos derivados a partir de matéria-prima nacional, reduzindo a dependência de importações e optimizando os recursos disponíveis. Esta abordagem contribui também para uma gestão mais eficiente do inventário, minimizando desperdícios e maximizando o aproveitamento dos componentes sanguíneos.
Do ponto de vista ético e social, o modelo de dádiva por aférese promove a solidariedade e o altruísmo dos dadores, assegurando simultaneamente um processo seguro e confortável. O programa valoriza o contributo voluntário e reforça princípios de equidade e justiça na distribuição dos benefícios resultantes da dádiva.
Entre as vantagens clínicas, o programa permite uma maior frequência de dádivas por parte dos voluntários, sem comprometer a sua saúde, aumentando assim a quantidade de plasma disponível para fraccionamento — matéria-prima essencial para a produção de medicamentos vitais.
Fonte: Campeão das Províncias
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