Falado como potencial candidato pelo PSD a algumas Câmaras Municipais, Santana Lopes tem deixado clara a inclinação pelo eventual regresso a uma terra em que diz ter sido feliz, segundo noticia a revista SÁBADO.
Pedro Santana Lopes poderá estar em vias de anunciar a sua candidatura (independente) à presidência da Câmara Municipal da Figueira da Foz (CMFF), segundo apurou a revista SÁBADO.
Antigo líder do Município figueirense (1998 a 2001), eleito numa lista patrocinada pelo PSD, antes de conquistar a presidência da Câmara de Lisboa e de ascender a primeiro-ministro, o ex-autarca tem intervindo, nos últimos dias, em reuniões apontadas como preparatórias do anúncio.
A provável entrada do antigo governante na disputa pela liderança da principal autarquia figueirense acontece depois da escolha do líder da entidade regional Turismo Centro de Portugal (TCP), Pedro Machado, para candidato do PSD.
Está também iminente a indigitação do candidato socialista, Carlos Monteiro, que ascendeu, em 2019, à presidência da CMFF na sequência do ingresso de João Ataíde (entretanto falecido) no primeiro governo de António Costa.
Falado como potencial candidato pelo PSD a algumas Câmaras Municipais, depois de ter saído da liderança do partido Aliança, Santana Lopes tem deixado clara a inclinação pelo eventual regresso a uma terra em que diz ter sido feliz.
Neste contexto, antes até de dirigentes do PS terem reclamado que Pedro Machado renuncie ao cargo na TCP para se candidatar a autarca figueirense, Pedro Santana Lopes estranhou que Machado não o tenha feito.
Noutro registo, Lopes tem feito alarde de se sentir desejado para regressar, volvidos 20 anos, à presidência da CMFF, cargo em que teve como sucessor o antigo ministro Duarte Silva (também já falecido). Através das redes sociais, o ex-primeiro-ministro regozijou-se com a hipótese de o seu regresso à CMFF ser acarinhada, alegadamente, por muitos munícipes e opinou tratar-se de um cenário a destoar do que, segundo ele, é protagonizado pelo antigo líder camarário Joaquim de Sousa.
Outrora secretário de Estado num dos governos de Mário Soares, Joaquim de Sousa, sob proposta do PS, presidiu à Câmara Municipal da Figueira da Foz (1980 a 1982) e, depois, aderiu ao PSD, assumindo-se, hoje em dia, como crítico de Santana.
É, por certo, “aborrecido ser figueirense de gema, ter-se sido presidente de Câmara [Joaquim de Sousa] e ninguém pedir para voltar – e ver-se pedir para voltar a alguém que não é da terra (…), mas que a adotou e por ela foi adotado”, escreveu Pedro Santana Lopes. Noutro texto, Lopes enalteceu a sua escolha para a localização do Centro de Artes e Espetáculos da Figueira, acenando com “visão, decisão e [capacidade de] realização”.
Como indicava recentemente um artigo da SÁBADO, Santana “muda de pele, mas não muda na essência”. “Não é por ter deixado de ser enfant que não gosto de vez em quando de ser terrible”, declarou ele, após ter saído do partido [Aliança] que fundou.
Em síntese, para muitos sectores políticos próximos de Pedro Santana Lopes, a mensagem é clara: Santana não tenciona reformar-se da política.
“Quero ter intervenção política”, indicou o antigo primeiro-ministro, assinalando o desejo de deixar de ter as amarras inerentes à condição de militante de um partido que se lhe tinha ficado colado à pele, mas com o qual estava em rota de afastamento há meses.
Além de antigo presidente das Câmaras Municipais de Lisboa e da Figueira da Foz e de ex-primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes, jurista, liderou o PSD e o Aliança e foi provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
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