Na próxima segunda-feira (22), o Executivo da Câmara Municipal de Coimbra vai analisar e votar uma proposta para reforçar o Fundo Municipal de Emergência Social (FMES), para um valor global de 319 000 euros.
A proposta vem na sequência do “actual contexto social e económico provocado pela pandemia da covid-19”, sendo que o Fundo de Emergência visa “assegurar as condições mínimas de vida com dignidade dos agregados familiares mais vulneráveis das várias freguesias do concelho”, refere a autarquia.
Assim, o FMES pretende apoiar ao nível da “alimentação, saúde, água, electricidade, gás, habitação, educação e outras situações identificadas pelas Comissões Sociais de Freguesia (CSF)”. Por isso mesmo, e “tendo em conta os efeitos epidemiológicos, sociais e económicos provocados pela pandemia que se vive desde o ano passado em Coimbra, no país e no mundo, o Município decidiu reforçar o valor atribuído às CSF no âmbito do FMES, transferindo um total de 316 000 euros para a sua execução durante o ano de 2020”.
Na proposta que será votada constam os números de 2020, ano em que foram “instruídos 845 processos de apoio, concretizados 1 125 apoios, sendo o montante total de apoios concedidos, até ao envio do último relatório, de 221 569,39 euros”, adianta a Câmara Municipal, acrescentando que quanto à “tipologia dos apoios concedidos, destaca-se o pagamento de rendas, a aquisição de bens alimentares, o pagamento de facturas de luz e pagamento de facturas de água”.
Estes apoios permitiram “ajudar 602 agregados familiares residentes no concelho de Coimbra, sendo que 457 desses agregados familiares foram apoiados uma única vez e 145 foram apoiados duas ou mais vezes. Dos 602 agregados familiares, 302 tinham crianças a cargo e 74 eram constituídos apenas por pessoas com 65 ou mais ainos de idade, 117 agregados familiares não tinham qualquer rendimento quando solicitaram apoio às CSF e 370 tinham apenas uma única fonte de rendimento”, esclarece.
“A política social do Município de Coimbra assenta, em grande medida, na intervenção destas 18 CSF e nas instituições sociais, por serem as estruturas de proximidade que melhor identificam e conhecem pessoas em situação de maior carência e vulnerabilidade”, afirma a autarquia, destacando que esta é uma das razões que levou, em 2015, à criação do Fundo de Emergência em todas as freguesias e uniões de freguesia do concelho e que “tem vindo a revelar-se um poderoso instrumento activo no combate à pobreza e à exclusão social”.
O sucesso da implementação deste fundo de apoio social tem contribuído para a autarquia “reforçar a sua dotação todos os anos, reforço esse que se acentuou o ano passado e se verifica, igualmente, no corrente ano”, nota. Em 2015, no ano em que foi criado o FMES, a sua dotação foi de 68 000 euros; em 2016 subiu para 93 000 euros; em 2017 para 100 000 euros; no ano seguinte, em 2018, voltou a aumentar para 120 000 euros; em 2019 para 150 000 euros e em 2020 para 316 000 euros.
Este ano, o FMES vai ser novamente reforçado, sendo que a proposta assenta numa dotação de 319 000 euros.
Distribuição do FMES prevista para 2021
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