José Luís Caldeira, sobrinho e afilhado do engenheiro Valdemar, revelou, hoje, ao Jornal Campeão das Províncias que este era “o desfecho” já esperado pela família, embora tudo tenham feito para o ajudar.
“Estive em Coimbra há cerca de 15 dias e pude constatar como ele estava magro e a fraca alimentação que tinha”, explicou o familiar que não reside na cidade. Na altura, José Luís Caldeira ainda tentou convencer o padrinho a receber ajuda alimentar, “pelo menos para comer uma refeição quente”, mas fazendo jus ao seu modo de vida, Valdemar rejeitou sempre.
“Era muito teimoso e recusava sempre a ajuda. Levei-lhe pão e fruta, mas nunca a comeu. Houve um ano que lhe levei um bolo-rei e, no ano seguinte, continuava exactamente no mesmo sítio”, notou o familiar, adiantando que “ele não admitia que lhe levassem o que quer que fosse”.
As péssimas condições em que vivia eram, também, foco de preocupação para a família, afirmando o sobrinho que “chovia-lhe na cama e havia ratos pela casa”, estando em crer que Valdemar Caldeira andava a coxear nos últimos tempos “provavelmente porque algum rato lhe mordeu durante a noite”.
Para o sobrinho, que regularmente o visitava, a morte pode ter sido provocada “por um problema pulmonar, talvez uma pneumonia”.
Valdemar Caldeira tinha estado internado no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) há cerca de três semanas, devido a uma queda.
Segundo o sobrinho, nos últimos tempos, o engenheiro andava pela cidade a distribuir o jornal “A Voz do Povo”.
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