A Região de Leiria entregou hoje ao Governo um estudo que defende a existência de benefícios para as sociedades civil e militar no caso da abertura da Base Aérea n.º 5 (BA5), em Monte Real, à aviação comercial.
O estudo, que foi recentemente apresentado em Leiria, num fórum que defendeu a abertura da BA5 à aviação civil, destaca que a “utilização conjunta da Base Aérea de Monte Real entre atividades militares e civis apresenta um conjunto de benefícios para ambas as partes”.
O documento, com várias páginas, foi hoje entregue aos ministros da Defesa Nacional, José de Azeredo Lopes, e do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, pelo presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Leiria, Raul Castro.
Em nota de imprensa, o Ministério da Defesa informou que o “Governo comprometeu-se a iniciar a análise do estudo em conjunto com a CIM da Região de Leiria”.
Segundo o estudo a que a agência Lusa teve acesso aquando da apresentação no referido fórum, a Força Aérea beneficiará de requalificação da infraestrutura através de investimento privado, pois poderá verificar-se a “diluição de custos operacionais decorrentes da atividade” e uma “receita adicional pelo fornecimento de serviços”.
Por seu lado, a “Região e os diversos agentes beneficiam em várias dimensões, nomeadamente na acessibilidade aérea, aumentando a proximidade com destinos internacionais, e na dinamização económica e comercial associada a um aeroporto”.
O plano estratégico desenvolvido mostra que a operação é “economicamente viável, com base num investimento otimizado e numa estrutura de custos eficiente”, estando estimado um potencial de tráfego de “600 a 620.000 passageiros por ano”.
De acordo com o estudo, o aeroporto necessitaria de um investimento de cerca de 20 milhões de euros, custo que as autarquias da região Centro admitem suportar, mas também existem investidores interessados no negócio.
No documento, é defendido um modelo de concessão para a exploração da BA5 ao tráfego civil.
Será um aeroporto “low cost”, mas que terá um “potencial de crescimento de receitas de nove a dez milhões de euros em 2025 e depois a crescer 3 por cento ao ano”.
O estudo destaca ainda a atractividade da região onde se insere, salientando o património Mundial da UNESCO (Mosteiros de Alcobaça e Batalha, Convento de Cristo, em Tomar, e Universidade de Coimbra) e o património nacional, como catedrais e castelos.
O turismo religioso, assente no Santuário de Fátima, é outro ponto forte apontado pelo documento, que atrai “mais de seis milhões de visitantes todos os anos”, assim como as inúmeras praias da região.
LUSA
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