O presidente da distrital do PS de Coimbra desafiou hoje Pedro Nuno Santos a avançar com o alargamento da rede do Sistema de Mobilidade do Mondego a outros concelhos, caso seja eleito primeiro-ministro, a 10 de Março.
O Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), que está a ser executado, vai ligar Serpins a Coimbra através de vias dedicadas onde vão circular autocarros eléctricos, servindo os concelhos da Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra, que terá um circuito urbano deste serviço.
Durante o Encontro Nacional de Autarcas do PS, que decorre em Coimbra, o presidente da distrital local, João Portugal, desafiou Pedro Nuno Santos, presente no evento, a garantir que essa rede se possa “estender a outros municípios”, como “Condeixa-a-Nova, Cantanhede, Soure e Figueira da Foz”.
João Portugal saudou Pedro Nuno Santos pelo seu papel no avanço do SMM, mas vincou que, caso o secretário-geral do PS seja eleito primeiro-ministro, a estrutura distrital terá “essa reivindicação”, aceitando que a mesma seja feita “faseadamente”.
A Metro Mondego, entidade que irá gerir o SMM, espera que o início da operação dos autocarros eléctricos (também denominados de ‘MetroBus’) entre Serpins e a Portagem (Coimbra) arranque até ao final de 2024, depois de várias revisões do calendário da execução das empreitadas.
Já a operação do SMM no centro de Coimbra deverá começar no fim de 2025, de acordo com as previsões da Metro Mondego.
Em declarações à agência Lusa no final do encontro, João Portugal fez questão de incluir também Montemor-o-Velho nos concelhos que poderão vir a ser beneficiados por uma possível expansão faseada da rede, considerando que o alargamento do SMM deveria avançar já na próxima legislatura.
“Este projecto estará pronto entre 2024 e 2025 e, logo de seguida, deve-se começar a projectar [a expansão] de forma faseada”, vincou.
Para o presidente da distrital socialista, o ‘MetroBus’ não deve ficar apenas por Coimbra e ir “a outros concelhos do distrito”, considerando que a mobilidade pode contribuir para a afirmação de uma região metropolitana.
Questionado sobre o porquê de propor uma extensão da rede à Figueira da Foz, concelho servido por uma ligação ferroviária, João Portugal disse que se tem de avaliar “se faz ou não sentido haver essa ligação ferroviária”, referindo que a actual ligação não serve as necessidades de quem se desloca entre Coimbra e Figueira da Foz.
“Não serei eu a avaliar se o ‘MetroBus’ na Figueira da Foz irá condicionar o futuro do comboio, mas é precisa uma solução para vários municípios, com um período de tempo [de viagem] aceitável”, referiu, salientando, contudo, que aquele ramal ferroviário é “importante”, mas que o SMM poderá dar outra resposta no transporte de pessoas entre concelhos.
Durante a sua intervenção no Encontro Nacional de Autarcas do PS, João Portugal defendeu também a necessidade de se estudar “uma nova lei eleitoral autárquica”, pediu a reposição do corte de 5% do rendimento dos autarcas que se mantém desde a ‘troika’ e uma uniformização da delegação de competências para as juntas de freguesia.
O Encontro Nacional de Autarcas do PS decorre no Hotel Vila Galé, em Coimbra.
Fonte: Campeão das Províncias
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