O Conselho Empresarial da Região de Coimbra (CERC) defendeu, ontem (2), mudanças no modelo de gestão e redução da burocracia para melhorar o acesso aos fundos do Portugal 2030.
“Para que se corrijam as lacunas e se aprenda com a experiência obtida com o Portugal 2020, será indispensável vencer alguns desafios, agravados pela situação europeia actual, nomeadamente, mudar o modelo de gestão e a crescente burocracia que, em nome da transparência, tem vindo a reforçar-se de programa para programa”, afirma o CERC em comunicado.
Numa reunião realizada em Vila Nova de Poiares a organização “debateu o estado actual das empresas em Portugal e toda a problemática resultante da fraca aplicação dos fundos europeus na economia real, como sejam as empresas e as famílias”.
“Os programas comunitários devem ser concebidos em linha com uma estratégia de desenvolvimento do país e o Portugal 2030 deverá centrar-se em três pilares estratégicos, alicerçados num conjunto bem preciso de desafios: as pessoas, o território e as empresas, com os desafios da criação de valor, da inserção da economia na nova globalização e da atracção de IDE [ambiente de desenvolvimento integrado] de qualidade e de talentos”, adianta.
Na óptica do CERC, cuja direcção é presidida por Nuno Lopes, “a aposta europeia nas transições climática e digital têm que corresponder a mudanças profundas na forma de produzir e de criar valor, ou seja, o foco deve ser naquelas que são as verdadeiras vantagens competitivas de Portugal, que são os recursos humanos e o território”.
“Relativamente à região de Coimbra, considera o CERC que devem os agentes de decisão locais e regionais olhar para as empresas e para os seus representantes, que são as associações empresariais, como um parceiro para o combate à desertificação dos territórios, (…) no combate ao desemprego, com todas as consequências sociais que daí advêm, (…) na promoção dos territórios e como um parceiro que consegue gerar riqueza para os territórios”, preconiza na nota.
Para o CERC, “é urgente que o poder local da [Comunidade Intermunicipal (CIM) da] região de Coimbra envolva de forma regular e constante as associações empresariais (…) nas suas tomadas de decisão para o território e nas diversas campanhas de promoção da região”.
O Conselho Empresarial da região de Coimbra “está presente nos 19 concelhos, através das 13 associações empresariais que fazem parte dos seus órgãos sociais, em representação das mais de 15 mil empresas da região”, salienta.
Fonte: Campeão das Províncias
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