Os Municípios de Pombal e Leiria foram excluídos dos apoios para recuperar as infraestruturas públicas danificadas pelos incêndios de 15 e 16 de Outubro, revelaram hoje os seus autarcas.
Durante a reunião com a Comissão de Agricultura e Mar, em conjunto com o Grupo de Trabalho – Acompanhamento da Temática da Floresta Portuguesa e dos Incêndios, constituído no âmbito desta Comissão, que decorreu esta tarde na Câmara da Marinha Grande, o presidente da Câmara de Pombal, Diogo Mateus, (PSD) revelou que o seu Município foi excluído, desconhecendo a razão.
“Com a declaração de catástrofe de 15 ou 16 de Outubro foram identificados os territórios do país que beneficiaram de um conjunto de circunstâncias particulares, que abrangeu todas as zonas de catástrofe, mas, estranhamente, relativamente à submissão das despesas que o município apresentou à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro [CCDRC], recebemos uma comunicação a dizer que não eram elegíveis”, denunciou.
Diogo Mateus explicou que os municípios foram contactados para identificarem as infraestruturas públicas que foram danificadas e que precisavam de ser recuperadas. “Vamos procurar apurar quais as razões que justificam esta exclusão”, afirmou à Lusa à margem da reunião, salientando que “não faz sentido existirem dois comportamentos diferentes, um para o público, outro para o privado”, uma vez que os proprietários de habitações danificadas foram apoiados.
O autarca revelou ainda que o Município de Pombal também ficou de fora do programa de “incentivo ao empreendedorismo ?Atrair’, destinado aos territórios afectados pelos incêndios”, e que ajudaria a “fazer a renovação e um apoio às empresas e actividades produtivas que sofreram com os mesmos incêndios”.
“Pelos vistos, o critério não é igual para todos”, disse.
A vereadora do Ambiente da Câmara de Leiria, Ana Esperança (PS), confirmou que a mesma situação sucedeu no seu Município. “Foi-nos pedido pela CCDRC que fizéssemos um levantamento dos prejuízos. À semelhança do que aconteceu com Pombal o nosso concelho não foi incluído, porque não tínhamos suficiente área ardida. Estamos a diligenciar no sentido de perceber a razão da exclusão”, disse à Lusa, ao referir que quer acreditar que “só pode ser um lapso”.
LUSA
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