O líder do PSD, Luís Montenegro, afirmou este domingo que “credibilidade” é a palavra-chave para a campanha e governar o país e aos cabeças de lista da AD pediu para não prometerem tudo a todos, porque isso não é governar.
“Hoje a palavra que mais e ocorre é a palavra credibilidade. Ela está no centro daquilo que os eleitores portugueses, os nossos concidadãos esperam de quem se propõe governar o país”, assumiu Luís Montenegro.
No final do encontro da Aliança Democrática (AD) que reuniu no Luso, Mealhada, com os cabeças de lista para as eleições de 10 de Março, o líder do PSD disse que “a credibilidade é uma coisa que se alcança, que se demonstra e que é o pressuposto de um bom Governo através de vários factores”.
Ao longo de 30 minutos, Luís Montenegro, acusou o PS e o seu candidato, Pedro Nuno Santos, de ser “a equipa da demissão, não é a do futuro, é a do passado” o que “chega quase a ser um atrevimento, arrogância”.
No seu entender, os socialistas, nos últimos anos, tiveram “todos os instrumentos para governar, tiveram maioria absoluta, condições de estabilidade institucional de cooperação institucional e recursos financeiros como nunca houve e será irrepetível, agora propõem fazer tudo a dobrar e a triplicar”.
“Sempre a toque de caixa, sempre a reboque do PSD, no essencial, e quando chega a altura de maior aperto, perdem-se as estribeiras e começa-se mesmo a passar para o exagero completo”, acusou.
Neste sentido deu como exemplo as propostas do PSD, antes do pedido de demissão de António Costa, para a contagem do tempo de serviço dos professores e às quais o PS “disse ser impossível, irrealizável” e “exigiam sempre as contas”.
A partir da demissão de António Costa, “aqueles que pediam as contas” ao PSD e que “diziam que era impossível, passaram também a defender essa proposta” e, depois, disse, os socialistas andaram “sempre a reboque propor mais ou menos as mesmas coisas, até chegar à parte do exagero”.
“A parte do exagero chega quando alguém tem a desfaçatez de vir anunciar, propor, o fim de pagamento de taxas de portagens quando tinha a responsabilidade de executar uma decisão tomada no Parlamento por iniciativa do PSD, que não era de eliminação no pagamento, era de redução do pagamento, e nem essa foi capaz de implementar. É caso para dizer que há petróleo no largo do Rato [sede do PS]”, acusou.
Luís Montenegro considerou que, desta forma, “de repente é possível dar tudo a todos” e dedicou parte do seu a falar sobre “o respeito pelas reivindicações” dos vários profissionais, entre eles, da Educação, Saúde, dos serviços judiciais, polícias.
“Já me disponibilizei para nos sentarmos com esses representantes e podermos analisar a sua situação laboral, a sua situação retributiva, mas quero dizer que, se aquilo que procuram é um primeiro-ministro que vai responder sim a todas as reivindicações, agora que está a cinco ou seis semanas das eleições, se é esse primeiro-ministro que procuram, eu não sou esse primeiro-ministro”, assumiu.
Neste sentido, pediu “imensa desculpa, mas quem quiser governar assim o país vai ter que escolher outra opção” e, continuou, “uma coisa é reconhecer que é preciso dar maiores condições de atracção e retenção a todos estes profissionais”.
Mas, reforçou, “quem anda a seis semanas das eleições a dar razão a todos e na plenitude daquilo que está a ser reivindicado, esses, sinceramente, se é essa a experiência governativa que têm, então é melhor nunca mais a colocarem à disposição dos portugueses, porque não servem coisa nenhuma”.
“É aqui que se joga também a credibilidade. Vocês que são os nossos representantes, são os nossos porta-vozes, que andam na rua, quero que nunca se furtem ao diálogo com os cidadãos, para conquistar a sua confiança, mas, por favor, não se prestem a esta figura de andar a prometer tudo a todos. Prometer tudo a todos não é solução para o país”, assumiu.
Fonte: Campeão das Províncias
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