A Feira Medieval de Penela vai decorrer entre 25 e 27 deste mês no Castelo local e no centro histórico da vila, cimentando o “estatuto” de segunda mais antiga realizada no país. Durante o evento não faltam as recriações, cenários da época, danças e animação musical, e ainda os comes e bebes que aconchegam o estômago dos muitos visitantes esperados.
“A feira, que já tem mais de duas décadas, foi crescendo e transformou-se num evento mais participado e com outras exigências, mas mantém o espírito com que foi iniciada”, refere Luís Matias, presidente da Câmara Municipal, autarquia parceira na organização, a par do Agrupamento de Escolas Infante D. Pedro e da respectiva Associação de Pais.
Segundo o edil, a feira procura, “além da valorização do nosso património distintivo e diferenciador, como é o castelo e o casco histórico da vila, dinamizar a economia local, uma vez que vamos ter a oportunidade de comprar os nossos produtos e esse é um activo que não queremos perder”.
Luís Matias salienta ainda que, nos últimos anos, “com qualificação da oferta hoteleira e da restauração, este evento também começa a ter uma maior importância, porque percebemos que a procura do território é sempre maior quando associado a ele temos um evento a decorrer como é o caso da feira medieval”.
A vida quotidiana de Penela nos tempos medievais é o mote para a edição deste ano, cujos detalhes do programa estão a ser ultimados. Na sexta-feira (25), decorrerá a ceia medieval, com “as bodas reais”, num “lauto banquete comemorativo dos esponsais de El Rey D. Afonso IV com D. Beatriz de Castela (1309). Sábado (26), a temática é a dos “maus tratos conjugais” (D. Afonso IV e as guerras com Castela pela má relação entre Afonso XI de Castela e Maria de Portugal, 1335-39), enquanto no domingo (27) estará em destaque a Batalha do Salado (1340), “A Cristandade Ibérica e as relações com os Mouros Merínidas”.
“Em Penela, mantemo-nos fiéis àquilo que são os princípios da Feira Medieval”, salienta o presidente da Câmara, criticando o proliferar de eventos do género nos últimos anos, levando a alguma “perda de autenticidade”. “Passaram a realizar-se feiras medievais em muitos concelhos do país, alguns deles com pouca tradição e com património mais insignificante relativamente época medieval”, lamenta o autarca, considerando que tal facto “retira importância às feiras que já têm tradição e estão enraizadas”.
Momento alto
A participação da comunidade escolar como co-organizadora, desde a primeira hora, do evento é um “momento alto na vida da escola”, constando do seu plano anual de actividades, menciona o director do Agrupamento Infante D. Pedro, Avelino Santos. “A par do Dia do Patrono, é uma das situações em que a escola sai da escola e isso dá outra vivência”, frisa aquele responsável ao TERRAS DE SICÓ.
Avelino Santos salienta a actuação da Academia de Cordas do Agrupamento pela primeira vez na feira e a habitual participação de “bastantes alunos” no evento. Regista ainda que a ilustração que consta do cartaz de divulgação do certame foi seleccionada no âmbito de um concurso de desenho elaborado para o efeito na Escola Básica Integrada Infante D. Pedro.
LCM
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