A decisão da Direcção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) de remover sete Unidades Locais de Saúde da lista de unidades hospitalares que realizam cirurgias para o cancro da mama vai provocar uma alteração na rede de referenciação para esta neoplasia. Segundo a DE-SNS, o tratamento cirúrgico do cancro da mama deve ser restrito a instituições que realizem pelo menos cem cirurgias por ano e que disponham de pelo menos dois cirurgiões dedicados.
A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) manifesta preocupação com as possíveis consequências desta decisão. Para Vítor Rodrigues, membro da Direcção da LPCC, no diagnóstico e tratamento do cancro é essencial considerar dois aspectos fundamentais: a qualidade, independentemente do tipo e das características da instituição, e o tempo de intervenção.
“O tratamento deve ser realizado em instituições equipadas com equipas multidisciplinares experientes e competentes, mas a acessibilidade geográfica e temporal é também crucial. Se os hospitais mais especializados não conseguirem responder, podem ocorrer atrasos de tratamento inaceitáveis. Por outro lado, é necessário distinguir entre situações menos graves, que requerem abordagens menos complexas, e as mais graves, que exigem recursos mais complexos. Cabe aos responsáveis pela saúde equilibrar estes dois aspectos, procurando encontrar os melhores caminhos em prol da saúde e do bem-estar das pessoas”, conclui.
Fonte: Campeão das Províncias
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