A subida de dois metros da cota de cheia junto ao Açude-Ponte, no rio Mondego, poderá limitar “substancialmente o desenvolvimento urbanístico e edificado” junto à futura estação intermodal de Coimbra.
A subida de dois metros da cota de cheia sem qualquer investimento associado que possa mitigar ou reduzir o nível de risco “limita substancialmente o desenvolvimento urbanístico e edificado de todo aquele espaço”, disse, esta segunda-feira, a vereadora com o pelouro do urbanismo e mobilidade da Câmara de Coimbra, Ana Bastos.
Para a responsável, a grande dificuldade sentida no desenvolvimento do Plano de Pormenor da Estação Intermodal de Coimbra (PPEIC) centra-se no Plano de Gestão dos Riscos de Inundações, que se apresenta como “a principal condicionante” ao plano que está a ser desenhado pelo arquitecto catalão Joan Busquets.
O actual plano de gestão baseia-se no “nível de risco da situação actual, sem prever qualquer investimento adicional para regularização dos caudais do Mondego a montante do Açude-Ponte e assim mitigar ou reduzir substancialmente o nível de risco”, notou Ana Bastos.
De acordo com a vereadora, a construção da barragem de Girabolhos, em Seia (distrito da Guarda), entre outros investimentos, seria uma infraestrutura “essencial para o controlo do risco de cheia”.
Segundo Ana Bastos, o PPEIC, integrado no lote B da primeira fase de investimento da linha de alta velocidade entre Lisboa e Porto, continua “em desenvolvimento”, avançando com estudos de especialidade, como o mapa de ruído, avaliação estratégica ambiental e estudo de tráfego.
A vereadora anunciou ainda que a 15 de Março será feita uma sessão pública de discussão do PPEIC ao longo de todo o dia, com a presença de Joan Busquets.
“A Câmara de Coimbra considera que importa promover um novo momento de participação pública, de forma a recolher sugestões e contributos por parte de todos os interessados. A instabilidade política criada no nosso país, conjugada com a disponibilidade de agenda do senhor arquitecto Joan Busquets, remeteu essa sessão para o próximo dia 15 de Março, numa sessão que deverá decorrer durante o dia inteiro, envolvendo momentos mais institucionais e momentos de debate, aberto a todos os interessados”, referiu.
Nessa sessão, será apresentada uma maquete física tridimensional do plano, para ajudar a percepcionar “a integração da Estação nos espaços circundantes, assim como a sua articulação e ligação à cidade consolidada”.
A maquete estará, após essa sessão, nos Paços do Concelho, disponível para avaliação e análise por parte dos munícipes, estando previsto “um período alargado” para recolha de sugestões e contributos.
“Em termos de calendarização, importa fechar o conteúdo do plano até ao do Verão de 2024, reservando os últimos meses do ano para a sua formalização, discussão pública e aprovação final”, salientou a vereadora.
Fonte: Campeão das Províncias
Todos os direitos reservados Grupo Media Centro
Rua Adriano Lucas, 216 - Fracção D Eiras - Coimbra 3020-430 Coimbra
Powered by Digital RM