O advogado António Manuel Arnaut, filho de António Arnaut, morreu hoje (03), em Coimbra, vítima de doença oncológica, aos 59 anos de idade.
O óbito ocorreu menos de um ano depois do falecimento do pai, António Arnaut, que tinha sido o criador do Serviço Nacional de Saúde.
Irmão de Ana Paula Arnaut, professora da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, e de um engenheiro civil, o extinto era pai de outro advogado, António Miguel.
Enquanto membro da Comissão Política Nacional (CPN) do PS, António Manuel voltara a defender, recentemente, em reunião daquele órgão, o Serviço Nacional de Saúde.
Generoso e extrovertido, António Manuel Arnaut ingressara, há pouco tempo, na CPN do Partido Socialista através da quota de António Costa.
A 11 de Novembro de 2018, por ocasião de uma homenagem prestada pelo PS a António Arnaut (co-fundador do partido), António Manuel apelou aos deputados à Assembleia da República que honrem “o legado” do criador do SNS.
Para o advogado que acabou de falecer, “honrar o legado” do pai é defender que o Serviço Nacional de Saúde não seja limitado a um papel de complementaridade em relação à iniciativa privada.
“(…) poderão descerrar as lápides que quiserem, mas a melhor homenagem [ao criador do SNS] consiste em cumprirmos o legado que ele nos deixou”, afirmou, há cinco meses, António Manuel, que vincou a “matriz de Esquerda” do Partido Socialista.
Em declarações ao “Campeão”, o líder concelhio do PS/Coimbra, Carlos Cidade, refere-se a António Manuel como militante socialista “dedicado e inspirador”.
“Sempre pôde dizer o que lhe ia na alma”, assinala o dirigente partidário e vice-presidente da Câmara Municipal de Coimbra, vincando que António Manuel Arnaut foi um “cidadão apaixonado pela liberdade e pela democracia”.
Carlos Cidade conclui felicitando o jurista pela camaradagem e por ter sido possuidor de “sagaz sentido de humor”.
O líder distrital do PS/Coimbra, Pedro Coimbra, que esteve na iminência de ter António Manuel como opositor, em 2016, disse ao “Campeão” que possuía “estima e elevada consideração” pelo camarada.
Arnaut foi “sempre afável e tolerante, tratou-se de um camarada a quem tentei corresponder, mesmo quando discordámos, pontualmente, só no acessório, nunca no que é essencial”, declarou Pedro Coimbra, deputado à Assembleia da República.
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