O Centro Cirúrgico de Coimbra vai inaugurar, dia 14, pelas 18h00, no edifício 2, a exposição “Desenhar o tempo”.
É um teste breve e fácil de aplicar nos casos com suspeita de demência. Exige apenas que se desenhe um relógio e que os ponteiros sinalizem as 11h10. Parece fácil, mas nas doenças neurodegenerativas e ao longo da evolução da doença, o desenho do relógio vai reflectir o declínio do desempenho. Prova disso mesmo são os desenhos que integram a exposição “Desenhar o Tempo”, agora em exibição no Centro Cirúrgico de Coimbra.
A exposição, inicialmente concebida para o Museu Nacional Machado de Castro (MNMC), foi criada no âmbito do programa de inclusão EU no musEU, destinado a pessoas com demência e seus cuidadores. Desde 2016 e até hoje, a exposição já teve quatro edições, todas com organização científica de Isabel Santana, médica neurologista, coordenação técnica de Virgínia Gomes, conservadora do MNMC e coordenadora do projecto EU no musEU e reinterpretação gráfica de Luísa Ramires, artista visual.
A exposição que agora se inaugura no Centro Cirúrgico de Coimbra foi adaptada ao público e ao espaço desta unidade de saúde, contando com o apoio de António Travassos, Conceição Abreu e Robert van Velze no trabalho de coordenação e adaptação.
“Desenhar o tempo” pode assumir figuras estéticas muito diferentes, mas que ilustram muito bem algumas das lesões que o défice cognitivo provoca. Desenhar ou não desenhar ponteiros e números; não preencher o lado esquerdo do relógio; colocar tudo dentro ou fora do círculo; repetir números ou não desenhar qualquer número. As falhas dos défices ficam ali escritas num relógio. Os médicos podem avaliar e os cuidadores podem olhar para um destes relógios e tentar perceber as transformações que se dão na organização mental destes doentes.
Fonte: Campeão das Províncias
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