O presidente da Câmara da Lousã acredita que o Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), que deverá entrar em funcionamento em 2024, levará a um aumento de procura por habitação no concelho.
Sem ramal ferroviário e há muitos anos à espera da concretização do SMM (inicialmente previsto ser um metro ligeiro de superfície e posteriormente ‘metrobus’), a Câmara da Lousã acredita que o avanço dos trabalhos no terreno poderá oferecer uma maior dinâmica à oferta imobiliária no concelho, disse o presidente do município, Luís Antunes.
“Temos indicação de alguma dinâmica acrescida, com operações de criação de oferta de habitação já em desenvolvimento e perspectivamos que a aproximação do funcionamento do Sistema de Mobilidade do Mondego irá potenciar essa dinâmica”, sublinhou.
Na perspectiva do autarca de um dos concelhos que será servido pelo SMM, há “indicadores” no sentido de um aumento do desenvolvimento imobiliário no concelho.
Luís Antunes disse acreditar que, com a entrada em funcionamento do ‘metrobus’, “a procura no concelho seja reforçada”.
Segundo o presidente do município, os atrasos verificados na empreitada entre Serpins e o Alto São João ainda não podem ser considerados “críticos, relativamente aos prazos que estão definidos”.
Desta forma, mantém-se a perspectiva de entrada em funcionamento do SMM “no prazo previsto”.
Questionado sobre a competitividade do ‘metrobus’ (a viagem entre Coimbra e Lousã irá demorar cerca de 50 minutos), o presidente da Câmara da Lousã considerou que este sistema “será competitivo face ao carro”.
“Temos de olhar para aquilo que será uma maior amplitude do serviço, em relação à anterior oferta. Podemos ver aquilo que é hoje a dificuldade de acesso em termos de modo rodoviário a serviços de saúde e ao CHUC [Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra]. Este serviço vai permitir que um cidadão na Lousã ou em Serpins entre neste serviço e vá directamente ao hospital, sem se preocupar com estacionamento, com maior conforto e tranquilidade. Se pensarmos nos profissionais de saúde que já vivem na Lousã, terão uma forma de acesso ao seu posto de trabalho com maior tranquilidade”, afirmou, garantindo acreditar que o SMM “será uma mais-valia”.
Sobre o balanço que faz dos primeiros anos de actividade da Empresa Intermunicipal de Ambiente do Pinhal Interior (APIN), Luís Antunes admitiu que foi “um processo difícil”, em virtude de vários factores, como ter entrado em funcionamento no meio de uma pandemia e ter-se deparado com uma revisão de preços das empreitadas previstas no seu plano de investimentos.
“A APIN teve um aumento, à cabeça, de 20% acima dos preços inicialmente previstos e esse aumento não tem contrapartida de fundos comunitários”, notou, reafirmando a importância da junção dos vários concelhos numa entidade intermunicipal, que permite uma melhor gestão do sistema e ganhar escala nos investimentos.
“É importante que tenhamos consciência de que o grande volume de investimentos a ser realizado só foi possível com a concretização da APIN, com esta empresa agregada pelos municípios”, salientou Luís Antunes.
Fonte: Campeão das Províncias
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