COIMBRA,21 de Abril de 2025

Bióloga descobre cinco novas espécies de ‘pseudoescorpiões’ em Portugal

19 de Abril 2018 Rádio Regional do Centro: Bióloga descobre cinco novas espécies de ‘pseudoescorpiões’ em Portugal

Uma bióloga da Universidade de Aveiro (UA) descobriu cinco novas espécies de ‘pseudoescorpiões’ em grutas do Algarve, Alentejo, Penela e Leiria, anunciou hoje a instituição.

De acordo com a informação avançada pela UA, os novos ‘pseudoescorpiões’ foram anunciados ao mundo na edição de abril do ‘Journal of Arachnology’, em colaboração com o investigador Juan Zaragoza, da Universidade de Alicante.

Os ‘pseudoescorpiões’ pertencem à classe dos aracnídeos e são popularmente conhecidos como falsos-escorpiões por serem semelhantes aos escorpiões, apesar de não terem o ferrão e um longo abdómen.

Estas descobertas aumentam para 49 as novas espécies descritas ao longo da última década pela espeleóloga e investigadora do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da UA, Ana Sofia Reboleira.

Uma das espécies, que foi descoberta em grutas do maciço calcário do Algarve, foi batizada de “Occidenchthonius goncalvesi” em homenagem a Fernando Gonçalves, professor do Departamento de Biologia da UA.

“Esta nova espécie, que tem cerca de dois milímetros de comprimento, é um organismo troglóbio, que significa que está adaptado à vida nas grutas, é despigmentado e carece de estruturas oculares, uma vez que vive num ambiente onde a obscuridade é total”, descreve a bióloga, adiantando que se trata de um animal que só vive em grutas do maciço calcário do Algarve.

Os restantes quatro ‘pseudoescorpiões’ que Ana Sofia Reboleira deu a conhecer à ciência pela primeira vez são: a “Occidenchthonius alandroalensis”, descoberta numa gruta no Alandroal, no Alentejo, a “Occidenchthonius algharbicus”, descoberta numa gruta do Cerro da Cabeça, no Algarve, a “Occidenchthonius duecensis”, descoberta no sistema espeleológico do Dueça, em Penela e a “Occidenchthonius vachoni”, descoberta no maciço calcário de Sicó, em Leiria.

“As cinco novas espécies pertencem todas ao mesmo género, portanto são muito similares”, diz a investigadora, explicando que a diferença entre elas encontra-se “ao nível do padrão da distribuição das sedas, que são as estruturas sensitivas do organismo e das estruturas reprodutoras, bem como as proporções relativas das diferentes partes corporais e a presença de estruturas especializadas”.

LUSA

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