A Comissão Política Concelhia do PSD de Ansião manifestou a sua “total estranheza e preocupação” pelo “endividamento agressivo” do Município de Ansião, acusando a autarquia de apostar em investimentos que “tardam ou estão atrasados” e não apresentar nenhum “resultado prático”.
Numa nota de imprensa, os sociais-democratas referem que “pela primeira vez em Ansião assistimos a um endividamento agressivo sem que nada em concreto e palpável tenhamos para nos vangloriar como resultado prático”. Afinal, “as redes viárias e de abastecimento de água continuam a degradar-se a olhos vistos sem que se dê continuidade ao plano gradual de recuperação destas infra-estruturas”, denuncia a Concelhia Laranja, adiantando que também “as obras e investimentos nas freguesias cumprem taxas de execução miseráveis”, que “em alguns casos ronda os 10% do previsto – e prometido – no orçamento para 2018”.
Por outro lado, atrasadas estão as obras da rede de saneamento de Chão de Couce, cujo prazo de execução já aumentou “em mais oito meses”, não havendo “uma data para a conclusão” nem “o devido acompanhamento e fiscalização”. O mesmo acontece com a ampliação do Parque Empresarial do Camporês, que “está previsto (em PPI) inaugurar daqui a um ano (quando era suposto ser inaugurado no próximo mês), mas ainda nem a compra dos terrenos iniciaram”.
A par deste desinvestimento, “Ansião desce no ranking nacional e regional enquanto território para viver, investir e visitar (dados do Portugal City Brand Ranking 2019)”, lamenta o PSD, que como resposta às suas “preocupações e exposições sobre a estagnação do concelho” continua a ouvir do executivo “um desconfortável e altamente irresponsável: ‘em termos estratégicos, o essencial é invisível aos olhos’”.
Em contrapartida surgem outros investimentos que “nem sequer sabemos muito bem o que irão significar no futuro”, refere a mesma nota, questionando a “utilidade” do edifício do Instituto Vasco da Gama, que o município pretende adquirir por 700.000 euros. A este valor acrescem ainda “dois procedimentos concursais para obtenção de financiamento em regime de empréstimo no valor total de cerca de 1.250.000 euros”, aprovados na reunião de Câmara de 1 de Abril, cuja “decisão duvidosa e altamente questionável” gerou “preocupação e até estranheza” ao PSD.
Tal endividamento, “em poucos meses e de uma assentada só”, causa “estranheza” à Concelhia Laranja, que considera este “um empenho exageradamente desnecessário”, uma vez que “fruto do trabalho de consolidação do anterior executivo, os cofres do município apresentam ainda um saldo de tesouraria a rondar 1.800.000 euros”, pelo que “qualquer prática da boa gestão autárquica” seria “mais do que suficiente para conseguir cumprir com as suas obrigações imediatas ainda que não a 100%”.
Jornal Terras de Sicó
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